Você sabe o que é a análise técnica?
Antes de explicar o que é análise técnica, vamos comentar que uma das primeiras coisas que um investidor aprende quando pesquisa sobre investir em ações é que as operações com esses ativos podem visar o curto ou o longo prazo. Quando o foco está em transações mais rápidas, trata-se de especulação financeira.
Ou seja, o objetivo é aproveitar variações de preço para buscar obter rendimentos comprando ativos mais barato e vendendo mais caro. Essa é uma prática muito comum dos trades — que fazem bastante uso da análise técnica.
Reunimos algumas informações que vão lhe ajudar a entender esse assunto e a tomar melhores decisões na bolsa. Confira!
O que é análise técnica?
A análise técnica – também conhecida por análise gráfica – consiste na prática de estudar tendências nos preços dos ativos negociados na renda variável. Assim, ela pode ser utilizada para ações, contratos futuros, entre outros ativos.
Essa estratégia foca nas oscilações do mercado financeiro — especialmente relacionadas aos preços dos ativos e ao volume de negociação deles. Então, o trader que realiza essa análise observa as variações para projetar tendências de mercado.
A partir da interpretação dos dados expressos nos gráficos, é possível fazer projeções sobre as futuras oscilações da bolsa. Diante disso, o investidor pode decidir se compra ou vende determinado ativo — e em que momento essa operação deve ser feita.
Você provavelmente já sabe que o mercado da renda variável é extremamente dinâmico e que o valor dos ativos depende diretamente do comportamento dos investidores, certo? Se muitas pessoas desejam comprar uma ação, é comum que o preço suba, por exemplo.
O objetivo da análise técnica é perceber tendências como essa. O maior desenvolvedor dessa estratégia foi Charles Dow. A teoria de Dow afirma que o preço de cada ativo reflete diretamente a reação do mercado diante dos dados relevantes sobre esse ativo.
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Para quem ela é indicada?
É importante destacar que a análise técnica é apenas uma das formas de estudar os ativos financeiros da renda variável. Existe outra estratégia muito utilizada — a análise fundamentalista. As duas têm diferenças relevantes entre si.
A principal divergência está relacionada ao objetivo. A análise fundamentalista é mais utilizada por investidores que focam no longo prazo. Para isso, eles buscam se associar à empresas sólidas, que apresentem bom potencial de valorização para o futuro.
Já os investidores que desejam ter ganhos no curto prazo não veem tanto sentido em fazer uma análise profunda dos fundamentos de um negócio. Nesse caso, tende a ser mais efetivo se basear na movimentação do mercado para encontrar oportunidades de transações rápidas.
Um exemplo é a operação de day trade — quando a compra e venda dos ativos ocorre no mesmo dia. O objetivo é fazer estas operações buscando ganhos a partir das oscilações de preço dentro de alguns minutos ou horas.
Percebe como indicadores relacionados à saúde da companhia não são os aspectos mais relevantes nesse caso? Por isso, é comum que a análise técnica seja a mais indicada para especuladores. Ela proporciona maior agilidade na percepção de possíveis oscilações do mercado em um futuro muito breve.
Quais as principais ferramentas da análise técnica?
Depois de entender o que é e como funciona a análise técnica, é importante conhecer alguns dos principais elementos dessa estratégia. Assim, você conseguirá saber de que forma ela pode ser colocada em prática – e se faz sentido para você.
Gráficos
Os gráficos são os recursos mais importantes para realização da análise técnica. É por meio deles que os investidores podem realizar suas avaliações e tomar decisões acerca da compra ou venda de ativos.
Um gráfico apresenta boa parte dos dados que o trader precisa para estabelecer sua estratégia de ação. As informações básicas dizem respeito ao preço dos ativos em determinado período e podem ser representadas visualmente por linhas, barras ou candlestick (uma figura retangular).
Tendências
Nós falamos anteriormente sobre o preço de um ativo ter relação com o movimento de oferta e demanda. Isto é, quanto maior for a procura por ele, mais provável será o aumento do valor de venda — e o contrário também acontece.
Como o preço dos ativos é resultado dessa equação, torna-se viável perceber algumas tendências. Em outras palavras, observar em que períodos a demanda por esses ativos pode aumentar ou diminuir.
Podemos citar três tipos de tendências: a altista, a baixista e a lateral. A compreensão de cada uma é bem simples. A tendência de alta se dá quando a demanda e o preço dos papéis negociados na bolsa de valores sobem.
Já a baixista é quando acontece o oposto. Enquanto isso, diz-se que o mercado está “de lado” quando há um certo equilíbrio e não existem tendências de alta ou baixa no período observado.
Topos e fundos
Um princípio relevante da análise técnica é o de entender que o mercado se mantém em movimento. O que isso significa? Que o valor dos ativos apresenta frequentes oscilações de alta ou queda ao longo do tempo.
Essas altas e quedas se expressam nas tendências que citamos e podem ser identificadas por meio dos padrões de topos e fundos. Os topos representam padrões de alta, enquanto os fundos são os padrões de baixa.
Ambos são essenciais para a análise gráfica. Afinal, o especulador precisa identificar os momentos em que os padrões estão mudando — quando existe a probabilidade de uma subida depois de um período de queda, por exemplo.
Perceber essas tendências de mudança no sentido da oscilação tem a ver com os conceitos de suporte e resistência. Isto é, patamares que seguram os preços – para baixo ou para cima.
Como utilizar a análise técnica?
A análise técnica tem enorme relevância para o mercado financeiro, pois permite a especulação a partir da análise das variações que acontecem constantemente. Entretanto, é importante ter cuidado ao realizar essas operações de especulação.
Isso porque, em geral, essas negociações envolvem um alto risco — já que se expõe mais fortemente às variações. Por isso, os investidores devem ter atenção e fazer um bom manejo de risco em suas operações.
Lembre-se que a interpretação dos gráficos não significa ter certeza de que o mercado seguirá determinada tendência. Portanto, vale a pena sempre manter um controle emocional, saber lidar com ansiedades e, principalmente, não ignorar o risco da perda.
Também vale a pena dar preferência para ativos de maior liquidez na hora de fazer suas operações. Seguindo estas dicas ficará muito mais fácil entender a análise técnica e identificar se ela, de fato, faz ou não sentido para você.
Portanto, não deixe de considerar as informações que demos neste post para saber como utilizar a análise técnica nos seus investimentos!
Continue aprendendo, leia: Bolha econômica: o que é e como se forma
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