Melhores ações dezembro de 2022: altas e baixas
O último mês de 2022 foi marcado pelo BC dos EUA elevando os juros ao maior nível desde 2007 e grande movimentação da mídia brasileira em relação ao arcabouço fiscal no governo de Lula.
No final, as valorizações foram tímidas e o Ibovespa fechou o período com queda de 2,45%. 65 das 91 ações do índice encerraram o mês no negativo, mas, ainda assim, o desempenho foi melhor do que em novembro.
Quer entender o resultado das piores e melhores ações de dezembro de 2022? Continue lendo o artigo!
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Melhores ações dezembro 2022: maiores altas do Ibovespa
Altas | Ativo | Empresa | Variação % |
---|---|---|---|
1 | IRBR3 | IRB | 14,67% |
2 | VIIA3 | Via | 10,09% |
3 | POSI3 | Positivo | 9,57% |
4 | CIEL3 | Cielo | 9,39% |
5 | BBSE3 | BB Seguridade | 7,63% |
Fonte: GorilaFLOW
1 – IRB Brasil (IRBR3)
A IRB (IRBR3) liderou o ranking das melhores ações de dezembro de 2022 com alta de 14,67%. A performance está atrelada aos bons resultados reportados em outubro, quando houve lucro de R$ 6,4 milhões.
Contudo, mesmo com o lucro mensal, em 2022 a resseguradora teve o resultado negativo de R$ 585,2 milhões, o que faz o mercado se questionar sobre as performances dos próximos meses.
Atualmente o papel da IRB é considerado uma penny stock, ou seja, uma ação negociada por menos de R$ 1. Para valorizar a cotação, a assembleia geral de acionistas da empresa votou pelo grupamento de ações, na proporção de 30 para 1.
Além disso, as ações da IRB foram excluídas da última prévia do Ibovespa, divulgada em dezembro de 2022 e com validade para o período entre janeiro e abril deste ano.
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2 – Via (VIIA3)
Dando certo alívio à pressão sofrida durante 2022, as ações da Via (VIIA3) cresceram 10,09% em dezembro. Entretanto, mesmo com a subida, desvalorização total no ano passado foi de mais de 50%.
No período fraco de vendas, a companhia obteve o resultado diferente de seus pares devido ao desmonte de operações de venda descoberta (posição vendida), que atingiu um nível de 70% ao ano. O movimento fez com que muitos investidores tivessem que cobrir, isto é, comprar a ação em que estavam vendidos.
Fora isso, a elevação da participação acionária da BlackRock (maior gestora de ativos do mundo) para 5,054% também influenciou a performance.
3 – Positivo (POSI3)
Em terceiro lugar vem a Positivo (POSI3), com alta de 9,57%. A performance da companhia vinha definhando com a divulgação dos resultados do 3T22, onde o lucro foi reduzido em 6,6% e isso fez com que a empresa figurasse posição nas maiores quedas de novembro.
No mês, também foi divulgada a saída do papel do índice Ibovespa devido ao Índice de Negociabilidade da ação que superou o limite de 90%.
4 – Cielo (CIEL3)
A Cielo (CIEL3) cresceu 9,39% em dezembro. A eficiência operacional da companhia em um cenário de alta de juros impressionou o mercado durante a divulgação do seu último balanço. Houve redução de margens e maior penetração dos seus produtos no setor financeiro. A empresa segue como a melhor posicionada em seu segmento.
Analistas apontam que a alta faz parte da correção do preço da ação, que foi muito pressionado ao longo do tempo.
5 – BB Seguridade (BBSE3)
Em quinto lugar e com alta de 7,63%, está posicionada a holding BB Seguridade (BSE3). O cenário de alta de juros e a exposição ao crédito agrícola contribuíram para o desempenho. Analistas seguem otimistas com o ativo, que em meio à volatilidade de 2022, atingiu sua maior cotação histórica.
Piores ações dezembro 2022: maiores baixas do Ibovespa
Altas | Ativo | Empresa | Variação % |
---|---|---|---|
1 | PCAR3 | Pão de Açúcar | -20,46% |
2 | MGLU3 | Magazine Luiza | -19,65% |
3 | LWSA3 | Locaweb | -16,43% |
4 | BRKM5 | Braskem | -15,57% |
5 | BPAN4 | Banco Pan | -15,46% |
Fonte: GorilaFLOW.
1 – Pão de Açúcar (PCAR3)
A ação que mais caiu em dezembro de 2022 foi a do Pão de Açúcar (PCAR3), com desempenho de -20,46%. Sendo a única representante do segmento alimentar no ranking, a empresa tombou principalmente devido à preocupação dos investidores em relação aos próximos passos da operação.
O plano central do negócio está ligado ao crescimento de lojas no formato Minuto Pão de Açúcar e de desinvestimentos que devem ser feitos até 2023. Tudo isso feito por uma nova diretoria que assume o negócio.
Analistas ponderam que outra dificuldade para a empresa é a forte competição no segmento, que lida com abertura acelerada de lojas de atacarejo e supermercados regionais e especializados.
2 – Magazine Luiza (MGLU3)
Na coliderança das maiores baixas de dezembro de 2022 está a Magazine Luiza (MGLU3), com desvalorização de 19,65%. Assim como nos meses anteriores, o desempenho da empresa foi prejudicado pela condição macroeconômica de alta de juros que penaliza duramente o varejo.
Analistas também atribuem a queda à troca em portfólios que substituíram empresas de crescimento (como a Magazine Luiza) por empresas de valor (companhias com bons fundamentos, mas com papéis descontados).
3 – Locaweb (LWSA3)
Também penalizada pelo cenário de juros altos, a Locaweb (LWSA3) caiu 16,43% em dezembro. No 3T22, a empresa viu seu prejuízo subir mais de 70% em um ano, fazendo com que ela saísse da lista de empresas de tecnologia preferidas pelo JP Morgan.
4 – Braskem (BRKM5)
A petroquímica Braskem (BRKM5) teve um tombo de 15,57% em dezembro após ser rebaixada pela UBS BB. A instituição trocou a recomendação de compra para neutra e cortou o preço-alvo do papel após enxergar “dividendos mais baixos” na companhia.
A UBS BB destaca a ausência de catalisadores positivos sobre o ativo. Segundo analistas da instituição, os spreads de polietileno e polipropileno seguirão pressionados em 2023 e 2024.
5 – Banco Pan (BPAN4)
Em quinto lugar, com baixa de 15,46% está o Banco Pan (BPAN4). As explicações para o número negativo estão, também, no cenário macroeconômico. O aperto monetário promovido pelo Fed fez com que 2022 fosse um ano ruim para fintechs como o Pan. Para se ter ideia, o banco, que liberou 708 mil novos cartões no 3T21, no mesmo período desse ano concedeu apenas 173 mil.
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