Morning call: PMIs dos EUA e cenário político no contexto doméstico são os destaques do dia
Exterior
Na agenda internacional, a sessão encontra-se recheada de indicadores de atividade, com destaque para as prévias dos PMIs de dezembro na Zona do Euro e nos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, a retomada da produção industrial é esperada após o fim da greve no setor automotivo, projetando uma modesta alta de 0,3% em novembro, após a queda de -0,6% m/m registrada em outubro. Contudo, o mercado espera um desempenho setorial mais fraco ao longo de 2024, devido a uma política monetária restritiva e perspectivas de enfraquecimento da demanda. As prévias dos PMIs devem indicar uma leve desaceleração em dezembro, com o PMI Industrial projetado para avançar marginalmente e o PMI de Serviços apontando uma pequena redução, sendo o indicador ISM considerado um melhor termômetro do crescimento econômico nos Estados Unidos.
Na China, os dados econômicos de novembro evidenciam um crescimento ainda fragilizado, com destaque para a surpreendente elevação de 6,6% a/a na produção industrial, superando as expectativas. Por outro lado, as vendas no varejo ficaram aquém do esperado, crescendo 10,1% a/a, e os investimentos fixos permaneceram estáveis em 2,9% a/a. A economia chinesa demonstra uma recuperação em curso, porém com fundamentos frágeis, especialmente diante de desafios no setor imobiliário. O Banco Popular da China (PBoC) optou por manter a taxa média de empréstimo de 1 ano inalterada, mas anunciou uma nova rodada de empréstimos no valor de 1,45 trilhão de yuan para instituições financeiras. Além disso, líderes chineses concordaram em implementar um déficit orçamentário de 3% do PIB em 2024, com possíveis apoios fiscais financiados por emissão de dívida fora do orçamento, podendo alcançar 1 trilhão de yuans.
Brasil
No cenário doméstico a agenda de indicadores encontra-se esvaziada, com destaque para o IGP-10 de dezembro, divulgado há pouco pela FGV, o qual apresentou aceleração de 0,62% m/m, acima das expectativas do mercado (+0,50%.
Na seara política, a Câmara dos Deputados realizará hoje uma votação às 09 horas sobre as Subvenções de ICMS e a Reforma Tributária. Ontem, o Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto que estende a desoneração da folha de pagamento para os 17 setores mais empregadores no Brasil, com 60 votos favoráveis no Senado e 378 a 78 na Câmara. A medida, agora aprovada, estende a desoneração até dezembro de 2027. Além disso, o Congresso, em acordo entre governo e oposição, derrubou um veto que impedia o governo de excluir despesas do cálculo da meta fiscal. O presidente da Câmara, Arthur Lira, anunciou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias será apreciada na próxima terça-feira, enquanto a Lei Orçamentária Anual será analisada na quinta-feira, conforme acordado com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante uma reunião sobre a reforma tributária na tarde de quinta-feira.
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