Presidentes dos bancos destacam como IA ajuda na formulação de produtos dentro das instituições
A abertura do FEBRABAN TECH 2024 reuniu os presidentes de alguns dos principais bancos brasileiros para discutir o avanço da IA (inteligência artificial) e a necessidade de práticas sustentáveis nos próximos anos.
O primeiro painel contou com a participação de: Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco; Marcelo Noronha, Vice-presidente do Bradesco; Carlos Vieira, Presidente da Caixa Econômica Federal; Mario Leão, CEO do Santander Brasil.
Os participantes concordaram que a adoção da IA deve ser cuidadosa, garantindo que os sistemas sejam transparentes, justos e alinhados com os valores éticos da instituição.
Essa posição foi reforçada pelo discurso inicial de Isaac Sidney, presidente da FEBRABAN, que destacou que a inteligência artificial apresenta desafios complexos e, por isso, sua evolução deve ser guiada por princípios de responsabilidade, ética e rigor científico.
Noronha, do Bradesco, afirmou que “Antes mesmo de qualquer desafio regulatório temos a responsabilidade reputacional”, para sublinhar a importância de construir e manter a confiança dos clientes e do mercado ao implementar tecnologias avançadas.
Milton Maluhy Filho, do Itaú Unibanco, destacou que “A IA é um meio, não um fim. O fim é o cliente”. Ele também sublinhou a necessidade de os gestores compreenderem dados e tecnologia, além dos negócios, para maximizar as múltiplas oportunidades oferecidas pela IA para aprimorar a experiência do cliente através de interações mais eficientes e relevantes.
Além disso, Maluhy abordou como a modernização contínua e a superação de sistemas legados devem ser incorporadas nas grandes instituições. Ele afirmou que a transformação deve ser diária e que a visão de tecnologia deve ser holística. “A área de tecnologia é todo mundo. Tecnologia é negócio”, falou.
Olhar cross em produto para melhorar a experiência do cliente
Há uma forte tendência de eliminação das áreas de produto isoladas em favor de uma integração de funções, promovendo maior colaboração entre departamentos e um foco mais centrado na jornada do cliente.
O modelo convencional, no qual a equipe de produto assume ter a solução, encaminha-a para o desenvolvimento e somente depois o cliente percebe que não atende às suas necessidades, mostra-se ineficiente.
“Você não pode errar com o que vai para a produção”, argumentou Maluhy. O diretor executivo do Itaú argumentou que a IA desempenha um papel essencial nesse processo de evolução, permitindo tomar previsões antes que os problemas ocorram, prever riscos e ajustar as soluções proativamente.
Mario Leão, do Santander, corroborou com Maluhy ao afirmar: “Éramos uma fábrica de produtos”. Noronha também contou como o Bradesco adotou uma abordagem semelhante, eliminando áreas de produto isoladas.
Os líderes executivos concordaram que essa evolução reflete uma necessidade crescente de adaptabilidade e agilidade, com foco na experiência e nas necessidades dos clientes, em vez de uma produção de produtos alheios às suas realidades.
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