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Radar de mercado: Bolsas dos EUA renovam máximas com arrefecimento das incertezas

O Ibovespa opera em alta, em linha aos principais pares internacionais, à medida que a cautela quanto a política monetária arrefeceu durante o início da tarde, derrubando os juros e o dólar.
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PorFelipe Lima - 01/03/2024
2 min de leitura

Nos Estados Unidos, os principais índices renovaram máximas, após apresentarem uma resposta contida durante à manhã, seguindo uma série de ganhos generalizados que impulsionaram o Nasdaq a alcançar um novo recorde de fechamento ontem. Este movimento ocorreu em meio à consolidação das expectativas em torno dos possíveis cortes de juros pelo Fed em junho. Os dados divulgados hoje, incluindo o PMI industrial na leitura do ISM, o sentimento do consumidor e os investimentos em construção, serviram para reforçar essa perspectiva. Notavelmente, o dólar e os juros dos Treasuries experimentaram declínios, sendo que estes últimos também absorveram a aprovação de um projeto pelo Congresso dos EUA, evitando assim a paralisação do governo até 8 de março. Dessa forma, o S&P 500, o Nasdaq e o Dow Jones avançam 0,62%, 0,92% e 0,19% respectivamente.

Na cena local, o Ibovespa avança 0,15% aos 129.213 pontos. Nota-se que a primeira sessão de março foi caracterizada por uma volatilidade notável durante à manhã, com dados de atividade divergentes nos Estados Unidos e um aumento moderado nas bolsas. No entanto, no decorrer da tarde, o índice ganhou impulso, impulsionado principalmente pela performance da Petrobras. Fatores como o crescimento do PIB brasileiro em 2023, o aumento do preço do petróleo e as expectativas de medidas de estímulo na China contribuíram positivamente para o Índice Bovespa. Por outro lado, a queda no preço do minério de ferro em Dalian e as incertezas em torno da diretoria da Vale influenciaram negativamente as ações da mineradora, que se destacaram pelo declínio em relação às demais do setor.

No mercado futuro, os contratos de juros apresentam viés de queda, a agenda local trouxe diversos indicadores, destacando-se o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e de 2023. Apesar dos dados econômicos, os juros futuros permaneceram mais ligados à curva dos Treasuries, mantendo-se estáveis com uma inclinação para baixo devido à volatilidade dos yields e às declarações do Fed, em meio às incertezas sobre os possíveis cortes de juros nos Estados Unidos. Embora o PIB tenha atendido às expectativas, com o PMI industrial mostrando força e o IPC-S indicando desaceleração, tais informações não parecem impactar a perspectiva de futuros cortes de 50 pontos-base da Selic pelo Copom, conforme indicado pelo Banco Central e reforçado pelo diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo.

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