Radar de mercado: Ibovespa avança com exterior, dólar e juros recuam
Após Powell, presidente do Fed, sublinhou a possibilidade de reduções nas taxas de juros ao longo deste ano, enfatizando, no entanto, que tal decisão estará sujeita a dados concretos e à avaliação dos riscos associados à inflação. O conteúdo do discurso não trouxe surpresas, conduzindo o mercado a direcionar a atenção para indicadores discrepantes relativos ao emprego e aos estoques no atacado dos Estados Unidos. Essa dinâmica proporcionou impulso às bolsas de Nova York, ao mesmo tempo em que teve impacto negativo nos juros dos Treasuries e no valor do dólar nos mercados internacionais. Dessa forma, o S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq avançam 0,92%, 0,57% e 1,12% respectivamente.
Na cena local, o otimismo no mercado em relação à possível redução das taxas de juros nos Estados Unidos ainda este ano impulsiona um apetite moderado por risco nos ativos brasileiros. O Ibovespa inicia a tarde com uma leve alta, avançando 0,90% aos 129.245 pontos. A elevação do principal índice da B3 é impulsionada, principalmente, pelas ações da Petrobras, reagindo ao aumento do preço do petróleo no cenário internacional, e da Vale, em resposta a indícios de estímulo à economia chinesa. Além disso, papéis de grandes bancos e alguns do setor varejista também apresentam ganhos, refletindo o alívio nos juros futuros, que por sua vez acompanham a queda nos rendimentos dos Treasuries.
No mercado futuro, os contratos futuros de juros tiveram uma breve elevação inicial, mas posteriormente renovaram os níveis mínimos em sintonia com os retornos dos Treasuries, iniciando a tarde com proximidade à estabilidade e uma inclinação ligeiramente baixa. Esse movimento foi influenciado pelo discurso que Jerome Powell, presidente do Fed, fez em uma audiência na Câmara de Representantes dos EUA. Observa-se uma liquidez reduzida, especialmente nos prazos mais longos. A notícia sobre a queda de 1,6% na produção industrial em janeiro, alinhada com as projeções médias, repercute no mercado, embora não exerça pressão significativa sobre as taxas de juros.
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