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Radar de mercado: Ibovespa sustenta alta, apesar do PPI acima do esperado nos EUA

Após o PPI de janeiro apresentar inflação acima das expectativas, os juros apresentam valorização, enquanto os principais índices dos EUA têm movimento limitado.
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PorFelipe Lima - 16/02/2024
2 min de leitura

Nos Estados Unidos, os principais índices operam sem direção definida, à medida que os investidores repercutem a surpresa negativa do PPI referente a janeiro nos Estados Unidos, juntamente com o aumento nas expectativas de inflação de curto prazo, provocando uma revisão nas perspectivas de cortes de juros pelo Fed em junho, e até mesmo reduziram a probabilidade de um relaxamento mais agressivo até o final do ano. Esse dado impulsionou os ganhos do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, enquanto as bolsas de Nova York apresentam desempenho limitado, com o S&P 500 avançando 0,03%, ao passo que o Nasdaq e o Dow Jones recuam 0,18% e 0,05% respectivamente.

Na cena local, o Ibovespa avança 0,44% aos 128.367 pontos, na contramão das quedas nas bolsas americanas, influenciadas pelo resultado acima do esperado do PPI dos EUA, sejam um fator limitador. A elevação é impulsionada, em grande parte, por ações relacionadas a commodities, em meio a um aumento modesto nos preços do petróleo e a um ganho de aproximadamente 1,50% no minério de ferro em Cingapura. A Vale, com maior peso no índice, registra uma valorização superior a 3,00%. A volatilidade foi gerada anteriormente pelo vencimento de opções sobre ações. Há uma certa expectativa positiva em relação ao término do feriado de uma semana pelo ano-novo lunar na China, iniciado no último sábado, com a esperança de que tenha estimulado a economia local e reduzido os receios de desaceleração em Pequim.

No mercado futuro, os contratos de juros apresentam viés de alta, na esteira do movimento apresentado pela curva dos Treasuries no mercado internacional, em resposta ao índice de preços ao produtor (PPI) americano que superou as expectativas, ocorrendo três dias após a surpresa com o índice de preços ao consumidor (CPI) de janeiro, que também ficou acima do previsto. Segundo o monitoramento do CME Group, o mercado reduziu a probabilidade de um corte de juros em junho, de 74,8% para 66,3%, e agora prevê um relaxamento menos agressivo até dezembro, com uma redução de 75 pontos-base, influenciado pelo desempenho do PPI. O impacto desses dados dos EUA se sobrepôs ao IGP-10, que indicou deflação em fevereiro.

O dólar inicia a tarde com uma tendência de desvalorização em relação ao real, recuando 0,03% a R$4,9723 após registrar alta durante à manhã, impulsionado pela valorização dos rendimentos dos Treasuries, motivada pelo PPI dos EUA, que superou as expectativas do mercado. Os dados no setor atacadista reforçam a persistência da inflação, conforme indicado pelo CPI, aumentando as chances do Fed adiar o início do afrouxamento monetário além das expectativas iniciais.

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