Radar de mercado: Ibovespa devolve ganhos, impulsionado pelas bolsas de NY
A segunda análise dos indicadores econômicos dos Estados Unidos referentes ao quarto trimestre, que incluem o PIB e a inflação medida pelo PCE, não teve impacto significativo nas projeções do mercado. A redução revisada do PIB não gerou preocupações substanciais entre os analistas. Da mesma forma, a revisão positiva na inflação não surpreendeu, pois o aumento na inflação já tinha sido indicado pelo CPI do mês anterior. Os retornos dos Treasuries inicialmente diminuíram em resposta aos dados, mas o viés de baixa já era evidente desde o início do dia. Enquanto isso, o dólar estava se fortalecendo em relação a outras moedas nesta manhã, recuperando-se de perdas recentes. As bolsas de Nova York apresentam desempenho negativo, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq 0,18%, 0,10% e 0,30% respectivamente refletindo uma postura cautelosa à espera das declarações dos dirigentes do Fed mais tarde no dia, e da divulgação do PCE mensal no dia seguinte – um evento que os investidores aguardam com especial atenção.
Na cena local, o Ibovespa opera em queda de 0,92% aos 130.473 pontos, em linha à prudência manifestada pelas bolsas norte-americanas repercute de maneira abrangente nos ativos locais, e o Ibovespa registra declínio, influenciado por turbulências políticas associadas à Vale. Em decorrência, o indicador devolve parte dos ganhos do dia anterior, enfrentando obstáculos para manter-se acima dos 131 mil pontos alcançados na última sessão. A um dia da divulgação do índice de preços preferido pelo Fed, o PCEde janeiro, o mercado se depara com um PIB que expandiu menos do que as projeções para o quarto trimestre e uma inflação que avança além das expectativas nos Estados Unidos.
O avanço moderado dos juros futuros, com acréscimo de até quatro pontos, é respaldado pela valorização do dólar e pelo fortalecimento dos retornos dos Treasuries, em meio ao crescimento da economia americana um pouco inferior ao esperado e uma inflação ligeiramente elevada. A deflação do IGP-M e as quedas nos índices de confiança do comércio e de serviços ficaram em segundo plano, enquanto a atenção do investidor se volta para o resultado do Governo Central, programado para as 16h00. A reação geral aos dados americanos foi discreta, com o CME Group ainda indicando uma maior probabilidade de cortes de juros nos EUA a partir de junho (61,8%) após a divulgação dos dados. O mercado aguarda com maior expectativa os números de gastos com consumo, renda pessoal e o PCE dos Estados Unidos em janeiro, programados para amanhã, sendo este último a medida de preços preferida do Fed, o banco central americano.
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